segunda-feira, 28 de maio de 2012

acentuação gráfica das palavras paroxítonas

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – Base IX – acentuação gráfica das palavras paroxítonas
1º) As palavras paroxítonas geralmente não são acentuadas.
2º) Dentro da regra geral tem as exceções, o uso do acento agudo.
1. Quando a sílaba tônica da paroxítona ocorrer nas vogais a, e, o e ainda i ou u e que terminam em –l, -n, -r, -x e-ps:
amável dócil Cármen cadáver ímpar bíceps almíscar
fórceps éden túnel ônix açúcar tórax hífen
2. As paroxítonas que apresentam à sílaba tônica as vogais a, e, o, i ou u e que terminam em –ã, -ão, -ei, -i, -um, -uns ou –us:
órfã sótão órfão jóquei amáveis fósseis beribéri
júri álbum fóruns íris húmus vírus lápis
3º) Não recebem acento gráfico os ditongos representados por ei e oi da sílaba tônica das palavras paroxítonas:
ideia assembleia boleia aldeia baleia cadeia Cheia
meia apoio paranoico dezoito proteico comboio alcaloide
4º) O uso do acento agudo é facultativo nas formas verbais do pretérito perfeito do indicativo para distinguir do presente do indicativo:
amávamos ou amavamos
louvávamos ou louvavamos
5º) O uso do acento circunflexo:
1. As palavras paroxítonas em que a sílaba tônica seja vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em –l, -n, -r ou –x:
cônsul, têxtil , cânon, plâncton, âmbar , câncer, bômbix
2. As palavras paroxítonas em que a sílaba tônica seja vogais fechadas com a grafia a, e, o e que terminam em –ão, -eis, -i ou –us:
bênção, côvão, zângão, devêreis, fôsseis, têxteis, ânus
3. As formas verbais têm e vêm, 3ª pessoa do plural do presente do indicativo de ter e vir, que são foneticamente paroxítonas, as antigas grafias preteridas, têem, vêem, a fim de se distinguirem de tem e vem, 3ª pessoa do singular do presente do indicativo ou 2ª pessoa do singular do imperativo; e também as correspondentes formas compostas:
Abstêm – abstém
Advêm – advém
Contêm – contém
Convêm – convém
Intervêm – intervém
Mantêm – mantém
Obtêm – obtém
Provêm – provém
6º) Assinalam-se com acento circunflexo:
1. Pôde (3ª pessoa do plural do pretérito perfeito do indicativo) com acento para distinguir do pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) sem acento.
2. Dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo) com acento para distinguir demos (1ª pessoa do plural pretérito perfeito do indicativo) sem acento. É facultativo.
7º) Perde o acento circunflexo as formas verbais paroxítonas do tipo hiato com a terminação em 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou subjuntivo:
creem, deem, descreem , leem , preveem, redeem, veem
8º) Não se usa o acento circunflexo para a vogal tônica fechada com a grafia o em palavras paroxítonas:
enjoo , voo, povoo, perdoo, abençoo, coo, coroo,
9º) Não se acentuam as palavras paroxítonas que são homógrafas:
para, pela, pelo, pera, polo
10º) Não precisa de acento gráfico para distinguir paroxítonas homógrafas:
Acerto (ê) – substantivo à acerto (é) – flexão de acertar
Acordo (ô) – substantivo à acordo (ó) – flexão de acordar
Cerca (ê) – substantivo à cerca (ó) – flexão de cercar

Dicas de ortografia - 2

Continuação:


- Ignoro o motivo por que ele se demitiu. (pelo qual)

- Estas são as causas por que não voltei. (pelas quais)

Por quê (separado e com acento) usos:

- Como pronome interrogativo, colocado no fim de frase.

- Ela estava chorando, você sabe por quê?

- isolado, numa frase interrogativa.

- Você deve fazer isso agora.

- Por quê?

Porque (uma só palavra, sem acento) usos:

- Como função explicativa, equivalente a pois, porquanto, uma vez que, precedida por virgula ou ponto-e-vírgula ou ponto final.

- Termine isto agora, porque depois não poderá.

- Não pude ir, porque tive que trabalhar.

- É usado substituindo: pela causa, razão de que, pelo fato, motivo de que.

- Não fui à festa porque estava cansado.

- O governador vetou porque tinha razões políticas.

- Porque é usado também como conjunção subordinativa final, em orações com verbo no subjuntivo, equivalente a para que.

- Não julguemos, porque não venhamos a ser julgados.

Porquê (uma só palavra com acento) usos:

- como substantivo usado no sentido de causa, razão ou motivo, admitindo pluralização (porquês).

- Quero saber o porquê de tudo isso.

- As crianças são cheias de porquês.

Dicas de ortografia

Objetivos:


Este tutorial vai ajudá-lo, a entender as regras gramaticais envolvidas no uso de palavras que comumente temos dificuldades de empregá-las como, por exemplo: onde, aonde, mau, mal, a, há. Explana os encontros vocálicos, encontros consonantais e as regras de divisão silábica.

Pré-requisitos:

Que tenha acompanhado os estudos propostos pelo tutorial anterior, o Gramática I. E que tenha por objetivo melhorar a sua arte da comunicação. A matéria sobre os usos ortográficos especiais poderá ser prontamente colocada em prática ao conversar com alguém. Lembre-se que ter sabedoria é mais do que ter conhecimento, é aplicar todo conhecimento que têm! Seja uma pessoa sábia!

Usos ortográficos especiais


» Onde / aonde

Onde: É usado junto com verbos que não transmitem idéia de movimento.

- Te procurei, mas não sabia onde você estava.

- Onde está a faca?

Aonde: Equivale a para onde. É usado para transmitir idéia de movimento.

- Aonde você vai?

- Aonde vamos?

Cessão: significa “ceder, conceder, oferecer, dar”.

- Cedi todos os meus bens aos pobres.

- O governo cedeu verba para a educação.

Sessão: significa “intervalo de duração”.

- A câmara dos deputados reuniu-se em sessão extraordinária.

- última sessão de cinema.

Secção ou seção: significa “parte, segmento, subdivisão”.

- Quero ler a seção de fofoca.

- Trabalho na seção de informações.

- Vou ligar na secção de informações.

» Mas / mais

Mas: equivale a “porém, entretanto, contudo”.

- Queria muito ir, mas tenho que trabalhar.

- Sei de tudo, mas não posso falar.

Mais: é o oposto de menos.

- Eu pesquisei mais.

- Estou mais preparado agora do que antes.

» Mau / mal

Mau: é um adjetivo, antônimo de bom.

- Menino mau!

- Passei por maus pedaços.

- Mal: equivale a “assim que, logo que, quando”.

- Mal vi a cena, chorei!

- Mal também pode ser usado como antônimo de bem.

- Estou mal humorada.

» Por que / por quê / porque / porquê

Por que (separado e sem acento) é empregado quando:

- O que equivale a qual motivo.

- Por que você foi lá? (Por qual motivo você foi lá?)

- O que equivale a qual razão ou qual motivo.

- Não sabemos por que ele faleceu. (por qual razão)

- Por que é usado também como um equivalente a pelo qual / pela qual / pelos quais / pelas quais.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Regência Nominal

Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo:

Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
   Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.

REGÊNCIA VERBAL

REGÊNCIA VERBAL
Termo Regente:  VERBO
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. Observe:
A mãe agrada o filho. -> agradar significa acariciar, contentar.
A mãe agrada ao filho. -> agradar significa "causar agrado ou prazer", satisfazer.
Logo, conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém".
Saiba que:
O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. Veja os exemplos:
Cheguei ao metrô.
Cheguei no metrô.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. A oração "Cheguei no metrô", popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns verbos, e a regência culta.
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes formas em frases distintas